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Boletim

Cartas climáticas Básicas

As cartas climáticas básicas trazem a cartografia dos elementos macroclimáticos que desempenham papel importante no condicionamento das aptidões climáticas das culturas na região estudada. Vários elementos do clima podem contribuir para condicionar as aptidões agroclimáticas de uma cultura. Normalmente, estão ligados as condições de calor ou de umidade do clima, ou seja, aos fatores térmicos ou hídricos da ecologia.

Os elementos climáticos utilizados para definir os fatores térmico e hídrico neste trabalho foram os seguintes:

  1. Temperaturas médias anuais
  2. Temperaturas médias de julho, mês mais frio
  3. Temperaturas médias de janeiro, mês mais quente
  4. Evapotranspiração potencial anual
  5. Deficiências hídricas anuais
  6. Deficiências hídricas bimestrais de abril-maio
  7. Deficiências hídricas bimestrais de junho-julho
  8. Deficiências hídricas bimestrais de agosto-setembro
  9. Deficiências hídricas bimestrais de outubro-novembro
  10. Excedentes hídricos anuais
  11. Índice hídrico de Thornthwaite
  12. Umidade relativa anual

As cartas correspondentes aos itens a, b, c e L, foram baseadas em elementos climáticos, obtidos diretamente dos dados colhidos nos postos meteorológicos. Os demais foram obtidos indiretamente, através de levantamentos de balanços hídricos, segundo o método de Thornthwaite & Mather (12), baseados em dados mensais da chuva e da temperatura média (v. capitulo 2.2.2 – Balanço hídrico).

Nessa relação não constam alguns elementos climáticos importantes, freqüentemente empregados nos estudos climatológicos, como a insolação, temperaturas extremas, direção e velocidade do vento etc. Uma das razões dessa ausência é que esses elementos não foram utilizados no preparo das cartas de aptidão agroclimáticas que entrarão na primeira parte dos trabalhos em andamento. Outra razão é que tal preparo se mostrou muito difícil pela deficiência de dados meteorológicos e por demandar pesquisas e coletas de informações bem mais demoradas.

Outros autores, trabalhando com problemas de definições de aptidões e analogias agroclimáticas, vêm utilizando, também, os mesmos elementos ligados às precipitações e temperaturas médias mensais. Nuttonson (6) em trabalho de analogias agroclimáticas entre a Polônia e os Estados unidos da América do Norte, dâ ênfase aos dados pluviométricos e termométricos médios mensais, complementados com dados de temperaturas extremas absolutas. Papadakis (7), estudando os fundamentos da classificação climática, como base para as transferências de culturas de uma parte para outra do globo, recomenda o emprego dos regimes de temperatura e de umidade, esta baseada em estimativas da evapotranpiração potencial e do balanço hídrico. Aliás, praticamente, a totalidade dos sistemas de classificação climática, inclusive a de Koeppen é baseada em dados mensais pluviométricos e termométricos e seus efeitos na disponibilidade de umidade no solo.

Apesar dos cuidados tomados nos traçados das cartas, elas devem ser consideradas preliminares e sujeitas a periódicas revisões para atualização.

Em todas as cartas, os elementos mapeados se referem sempre ao aspecto macroclimático ou de ordem regional. As condições de ordem local, de aspecto topográfico, embora de grande importância, deverão ser consideradas posteriormente, em cada caso. São os casos, por exemplo, da ocorrência de temperaturas extremas e da manifestação da geada, cujo os danos podem ser consideravelmente agravados ou atenuados em função das condições topoclimáticas locais do terreno.

Quando uma faixa é definida como macroclimaticamente apta a determinadas culturas, significa que elas encontram condições satisfatórias na faixa, uma vez atendidos os aspectos topoclimáticos na escolha do terreno. 

Cartas climáticas básicas, apresentadas

Algumas cartas básicas foram aproveitadas de trabalhos anteriores, particularmente do zoneamento climático para a soja, girassol e amendoim, feito para o Convênio INSTIÓLEOS/Secretaria da Agricultura de São Paulo (4). Em certos casos, essas cartas sofreram pequenos refinamentos e atualizações.

Para alguns elementos de maior importância na definição das exigências climáticas, como a temperatura média do ar e as deficiências hídricas, foram apresentadas cartas distintas para diferentes parâmetros. Para o caso da temperatura do ar, preparam-se três cartas: de isotermas anuais, de isotermas de julho (mês mais frio) e de isotermas de janeiro (mês mais quente). No caso das deficiências hídricas, prepararam-se cinco cartas, também de isolinhas, uma com os parâmetros anuais e quatro com parâmetros bimestrais para cobrir diferentes fases da estação de repouso e início da de vegetação, quais sejam: abril-maio, junho-julho, agosto-setembro e outubro-novembro.

Com essas cartas, de parâmetros mensais ou bimestrais, tornam-se mais fáceis os mapeamentos das cartas agroclimáticas de culturas anuais, principalmente as de ciclo do feijão, batata, amendoim e numerosas hortaliças.

 

A digitaliazação e inserção dos Mapas foram realizadas com o apoio da FUNDAG

 

Obs: Para melhor visualização das Cartas Climáticas utilize o recurso tela inteira, no menu Exibir, aperte F11 ao abrir a Carta.

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